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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

'Presença de Anita' completa 10 anos; relembre personagens

A minissérie 'Presença de Anita' completa dez anos em 2011 e eternizou o triângulo amoroso vivido por Mel Lisboa, José Mayer e Helena Ranaldi. Foto: TV Globo/Divulgação
A adolescência do autor Manoel Carlos foi povoada pela história pecaminosa do livro Presença de Anita, de Mário Donato. Maneco, aos 17 anos de idade, lia escondido o romance excomungado pela igreja e banido por todas as famílias religiosas.
Toda a sensualidade de Anita, a personagem principal do romance, povoou por décadas a memória do autor até que ele pediu à direção da TV Globo para comprar os direitos do livro e produzir uma minissérie. E chegou a fazer duas versões. Uma que se passava em 1945, no pós-guerra, e outra contemporânea, que foi a escolhida pela direção da emissora e estreou em 7 de agosto de 2001 com Mel Lisboa como protagonista. "Esse foi um dos melhores trabalhos que fiz em toda a minha carreira. Foi tirado da lembrança de adolescência", lembra.
A trama conta a história de Anita, uma menina que chega à fictícia cidade de Florença, no interior de São Paulo, e decide passar um tempo em uma casa que foi cenário de crime passional. Foram 16 capítulos com 30 pontos de média e 33 de pico. Na mesma cidade, também acabava de chegar o casal Nando e Lúcia Helena, de Zé Mayer e Helena Ranaldi.
Ele era um arquiteto que buscava inspiração para escrever um romance e ela tentava recuperar seu casamento quase falido. Na trama, Vera Holtz vivia Marta, a irmã mais velha de Lúcia. Marta sentia forte atração por homens negros e chegava a aparecer em cenas com empregados da fazenda onde vivia. "Ela foi uma personagem forte, densa, inesquecível mesmo", lembra Vera.
A história, dirigida por Ricardo Waddington, começa quando Nando vai dar uma volta para conhecer a cidade e vê Anita na sacada de sua casa arrumando gerânios. Atraído pela jovem, que aparentava uns 15 anos, enxerga nela a inspiração para seu romance. Eles começam um tórrido caso e esse envolvimento cada vez mais visceral destrói a vida de todos. Inclusive a do adolescente Zezinho, do também estreante Leonardo Miggiorin, que se apaixona por Anita e completa o último vértice do triângulo amoroso.
"Não tem jeito. Nunca mais fiz uma personagem tão forte quanto Anita. Nunca mais tive essa chance na tevê. Enfrentei um caminho difícil por ter começado com ela", avalia Mel, que foi escolhida entre mais de cem atrizes que fizeram testes para a personagem.
"Queríamos uma menina desconhecida do público. O Maneco me ligou às 3 da manhã depois de assistir a vários testes falando que tinha achado a Anita. Era a Mel" recorda Ricardo Waddington.
O sucesso de audiência da trama agradou tanto a direção da Globo que Maneco foi chamado para prolongar a narrativa, o que se tornou inviável, já que metade da história já havia sido contada. Do meio para o final da produção, Presença de Anita começou a se transformar em uma história cada vez mais impactante.
Com o envolvimento ainda mais passional entre os personagens de Nando e Anita, o ápice do drama acontece quando Anita exige que Nando se separe da mulher e ele acaba esfaqueando e matando a amante com um canivete.
Ao assistir à cena, Zezinho tenta defender Anita e todos pensam que foi ele quem a assassinou.
Quando tenta fugir pela cidade, Zezinho é atropelado, mas acaba morrendo no hospital após passar dias internado. "O Zezinho me marcou muito. Até hoje as pessoas falam comigo nas ruas por causa desse personagem", afirma Miggiorin.
Dias depois, Fernando é morto, queimado no casarão de Anita ao ser seduzido pelo espírito da amada, que coloca fogo no sobrado. A maioria das cenas é embalada por canções francesas de Charles Aznavour, sendo que a abertura da produção ganhou ainda mais dramaticidade na voz de Maysa cantando Ne Me Quitte Pas, de Jacques Brel.
"Era uma história realmente forte, mas podia, porque era exibida quase meia-noite. Um dos trabalhos que me deu mais prazer até hoje", afirma O autor.

Fonte:Terra

2 comentários:

  1. A Minissérie Presença de Anita foi a melhor minissérie brasileira. Equilibrada em tudo. E sem prejuízo do denodo de todos ou outros artistas, Mel Iluminada Lisboa foi a alma da minissérie. Tão nova, mas sua energia de iniciante, aliada ao talento, graça e desejo de perfeição profissional, fez dessa sua criação (Anita) (Ela quem deu alma à personagem Anita)um personagem eterno na mente dos brasileiros. Anita ficou maior de que a própria Mel Lisboa, midiaticamente. Mas Mel e Anita são duas gigantes que talvez nem a morte nos faça esquecer das duas. Essa minissérie já viaja ao exterior, mesmo sem legenda em francês ou inglês, dado ao refino da obra; dada à sua beleza. É uma obrigação nacional que vire filme. Enfim: Manoel Carlos criou a varinha de condão; mas quem fez a mágica foi Mel Alves Lisboa!

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  2. Correção: Mel Lisboa Alves. Mel nasceu na mesma data da maior cantora da França dos anos 60: Françoise Hardy, de quem também sou fã. Ambas nasceram em 17 de janeiro. Françoise aos 17 anos vendeu 2 milhões de cópias de sua primeira música de sucesso. E Mel Lisboa Alves gravou sua personalidade para sempre na cabeça do brasileiro; no inconsciente coletivo. Mel, será, para sempre, embora mulher por dentro, uma menina por fora. Seu jeito; seu gestual; a forma com se expande... Um juventude eterna; uma chama interior que não perde o brilho das primeiras idades. Nota: Nem lancem filme "Presença de Anita" sem Mel como Anita, porque não cola: Eu nem vou. Mel está em perfeitas condições e não perdeu nada de sua juvenilidade de 2001, quando fez Anita. E Aliás, só quem é capaz de dar vida a Anita é Mel Lisboa. Ninguém mais.

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